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Como Fazer Nariz de Palhaço em Latex

Material:

- Gesso;
- Nariz de palhaço de plástico;
- Folhas de “papel toalha”;
- Copos de plástico descartáveis;
- Corante de tinta látex;
- Látex pré-vulcanizado (próprio para fazer os narizes);
- Alicate de bico torto;
- Tesoura pequena bem afiada;
- Furador;
- Agulha de crochê (a menor);
- Elástico para prender no rosto.

Procedimento:

1º: Você irá separar um copo descartável e nele você misturará o gesso em pó com a água, para que não fique bolha no gesso (o que estragaria o molde) bata o copo na mesa ou na superfície que você está usando, (isso fará com que todas as bolhas subam para a superfície bata o quanto achar necessário).

2º: Com o gesso já preparado no copo e ainda mole, você deverá colocar o nariz de plástico (o nariz bolinha) no gesso, mergulhando-o. Para que o gesso não entre no nariz e para que também você possa manter uma abertura no gesso para poder tirar o nariz de plástico depois, você deverá colocar no orifício do nariz um “papel toalha” dobrado, deixando uma parte para fora (quando for feito o mergulho do nariz com o papel dentro dele é importante que fique uma ponta aparecendo por cima da superfície do gesso, e se puder segure por uns instantes até fixar bem o nariz no gesso).

3º: Depois de deixar um bom tempo para secar o gesso, você irá tirar primeiro o papel toalha, logo depois com o alicate de bico torto você deverá puxar com muito cuidado o nariz de plástico, para que ele saia do molde sem danificar, pois caso isso ocorra provavelmente seu molde ficará inutilizável.

4º: Após tirar o nariz de plástico você terá em suas mãos o molde pronto, com isso você apenas deverá colocar o látex já com a cor desejada no molde até o topo do molde, deixando ali secar entre 30 minutos a uma hora (depende da temperatura do ambiente), depois deste tempo, você deverá derramar de volta ao recipiente o látex que estava no molde. Com isso você notará que uma parede se formou, depois disso deixe o molde de cabeça pra baixo e espere secar bem o látex que ali ficou.

5º: Após isso você irá retirar o Material de dentro do molde, e cortar com uma tesoura bem afiada o excesso que ficou no nariz de borracha, deixando no mesmo formato do nariz de plástico, após ter feito isso, você irá fazer com o furador os dois furos para poder respirar, e depois basta passar o elástico prendendo uma ponta de cada lado, para atravessar a borracha use a agulha de crochê, assim com o “ganchinho” que há na ponta dela você irá puxar o elástico para o outro lado.

Pronto! Seu nariz está prestes para ser usado.

Dicas:

- Use copo descartável grande, para que a parede do molde tenha uma espessura considerável;
- Se conseguir encontrar use gesso de dentista, pois durará mais o molde;
- Quando misturar a água com gesso, tente deixar já um pouco grosso para não demorar tanto a secagem;
- Caso você não tenha um alicate de bico torto use o normal mesmo, porém será muito mais difícil;

Onde encontrar os materiais:

- O látex acha pela Internet;
- O gesso de Dentista em loja especializada em materiais para consultório odontológico;
- Nariz de palhaço em loja de artigos pra festa e supermercados;
- Copos de plástico em loja de artigos de festa e supermercados;
- Papel toalha em supermercados;
- Corante de tinta látex em lojas de tinta;
- Alicate de bico torto em lojas de ferramenta;
- Tesoura pequena bem afiada em casa de costura ou loja de ferramenta ou supermercado;
- Furador em loja de artesanato e papelaria;
- Agulha de crochê (a menor) em loja de tecido, de linhas e armarinhos;
- Elástico para prender no rosto em loja de artesanato, costura, armarinhos.

FONTE: Fernando Souza

Aula de Clowns





Sensibilizarte

http://revolucasp.blogspot.com/search/label/SensibilizArTe (blog q fala um pouco do qu é e como funciona)

Técnicas em oficina

História dos Clowns ilustrada (PARTE 1)


Desde a Antigüidade grega existiam Clowns eram chamados no teatro de Phlyake (Mansell Collection)

Improvisação foi um elemento forte na arte do antigo palhaço grego. Ele foi fruto das farsas populares baseado em figuras mitológicas sobre os temas comuns da sociedade grega. O palhaço iria vestir collants, uma meia túnica curta e que teria mangas almofadadas, enquanto na cintura um grande exagero de tamanho. Seu rosto estava maquiado com tinta ou fuligem e ele usava uma máscara com uma boca em um grande bocejo, que amplificou a voz dele. Gregos mais ricos empregavam palhaços, que eram conhecidos como 'parasitas', e viviam muito mais favoráveis e, em troca do patronado: sua destreza, resposta pronta e mimetismo.


Antigo Teatro Romano usando máscaras (BBC Hulton Picture Library)

Muitos nomes latinos dos romanos palhaços existem ainda hoje: por exemplo, Stupidus (estúpido) foi a designação latina para mimetizar um tolo enquanto uma forma de baixar a bufo scurra foi chamado a partir do qual obtemos a nossa palavra vil.


Antigos Palhaços Romanos no 4 º Século (Mansell Collection)

A comédia romana era muito mais ampla e mais desenvolvida do que a Nova Comédia grega, a partir da qual foi originada. Essa cena a ser retratada como um típico look slapstick ou pantomima.


Bobos (Jesters) século 13 a partir de um manuscrito [BBC Hulton Picture Library]


A impressão de um Bobo do século 19. [Mary Evans Picture Library] [Maria Evans Picture Library]



Um juiz e um tolo bobo do século 13 [BBC Hulton Picture Library]


Um artista do século 19 impressão de um Bobo no tribunal. [Culver Inc Fotos]

Jesters, Loucos e palhaços. "Diga o que você pensa" podia ter sido o lema para todos os Bobos (Jesters), tolos e dos Tribunais da Europa. Desde os tempos antigos até ao início do século 19, estes palhaços medievais se entretendo e se divertido com espantosa liberdade de expressão nos palácios dos reis, nas casas de famílias ricas e nas igrejas, mais tarde, em bordéis e tabernas. Além de proporcionar entretenimento para pessoas que não tinham livros impressos e que, na maioria dos casos, não poderia lê-las assim mesmo, o bobo servido um propósito que provavelmente não foi reconhecido a altura: ele representou o princípio da liberdade de expressão em um idade em que praticamente não existia essa liberdade para ninguém.


Rahere, Jester para Rei e Rainha Matilda Henry I, no início do século 12 [Colecção Mansell]

Rahere é muito lembrado por fundar um hospital que ainda hoje existe! Depois de anos a dançar, tocar violino e zombeteiro para o divertimento do tribunal, ele cresceu. Cansado de tudo e participava de uma peregrinação a Roma como penitência por seu discurso pregando outros modos. Em Roma, ele contraiu malária e ele jurou que, se a sua vida foi poupada edificar um hospital, ele iria ser para os pobres. Uma vez recuperado, ele começou a casa, e sobre a maneira como ele viu uma visão (cheio de doçura e cheio de temor), em que a figura de São Bartolomeu apareceu. Rahere disse que ele ‘foi encontrado em uma igreja’, em um subúrbio de Londres, Smithfield. E assim as antigas obras de um grande brincalhão, a igreja - da qual ele foi o primeiro antes - e de um hospital, ambas dedicadas a S. Bartolomeu.
A igreja ainda está em uso hoje em dia, e 'Barts' Hospital, como é notoriamente conhecido, é um dos mais famosos de Londres no ensino em saúde.


FONTE: CLOWN BLUEY http://www.clownbluey.co.uk
TRADUÇÃO: Google e Dudu de Castro

Sobre o clown - Federico Fellini

O clown é como a sombra

Tenho sob os olhos, entre outras muitas, uma definição do clown feita por meu conterrâneo Alfredo Panzini, no Diccionario Moderno:
“CLOWN - palavra inglesa (pronuncia-se cláun) que quer dizer rústico, rude, torpe, indicando depois quem com artificiosa torpeza faz o público rir. É o nosso palhaço.”
Mas também aqui existe a mesma miserável diferença do termo estrangeiro que enobrece a coisa. O palhaço é mais de feira e praça, o clown, de circo e palco. Um bom acrobata é um clown, isto é, quase um artista, e julgará imprópria e ofensiva a expressão palhaço. Mas clown designa também o palhaço. O próprio Carducci, defensor do vernáculo, nas prosas polêmicas de Confessioni e Bataglie, capítulo Ça ira, não desdenha a palavra.
Neste tempos de nacionalismo, que direi eu? Bem, o clown encarna os traços da criatura fantástica, que exprime o lado irracional do homem, a parte do instinto, o rebelde a contestar a ordem superior que há em cada um de nós.
É uma caricatura do homem como animal e criança, como enganado e enganador. É um espelho em que o homem se reflete de maneira grotesca, deformada, e vê a sua imagem torpe. É a sombra.
O clown sempre existirá. Pois está fora de cogitação indagar se a sombra morreu, se a sombra morre.
Para que ela morra, o sol tem de estar a pique sobre a cabeça. A sombra desaparece e o homem, inteiramente iluminado, perde seus lados caricaturescos, grotescos, disformes. Diante duma criatura tão realizada, o clown, entendido no aspeto disforme, perderia a razão de existir. O clown, é evidente, não teria sumido, apenas seria assimilado. Noutras palavras, o irracional, o infantil, o instintivo já não seriam vistos com o olhar deformador que os torna informes.
Por acaso São Francisco não definiu a si mesmo como jogral de Deus?
Lao Tsé afirmava: “Quando produzas em pensamento, te ri dele.”

O branco e o augusto

Quando digo o clown, penso no augusto. Com efeito, as duas figuras são o clown branco e o augusto. O primeiro é a elegância, a graça, a harmonia, a inteligência, a lucidez, que se propõem de forma moralista, como as situações ideais, únicas, as divindades indiscutíveis. Eis que em seguida surge o aspeto negativo da questão. Pois dessa forma o clown branco se converte em Mãe, Pai, Professor, Artista, o Belo, em suma, no que se deve fazer.
Então o augusto, que devia sucumbir ao encanto dessas perfeições, se não fossem ostentadas com tanto rigor, se rebela. Vê as lantejoulas cintilantes, mas a vaidade com que são apresentadas as torna inalcançáveis. O augusto, que é a criança que faz sujeira em cima, se revolta ante tanta perfeição, se embebeda, rola no chão e na alma, numa rebeldia perpétua.
Essa é a luta entre o orgulhoso culto da razão, onde o estético é proposto de forma despótica, e o instinto, a liberdade do instinto.
O clown branco e o augusto são a professora e o menino, a mãe e o filho arteiro, e até se podia dizer que o anjo com a espada flamejante e o pecador. São, em suma, duas atitudes psicológicas do homem, o impulso para cima e o impulso para baixo, divididos, separados.
O filme [I Clowns] termina com as duas figuras se encontrando e desaparecendo juntas. Por que comove essa situação? Porque as duas figuras encarnam um mito que está dentro de cada um de nós – a reconciliação dos opostos, a unidade do ser.
A dose de dor que existe na guerra contínua entre o clown branco e o augusto não se deve às músicas nem a nada parecido, mas ao fato de presenciarmos a algo que se liga à nossa própria incapacidade de conciliar as duas figuras. Com efeito, quanto mais procures obrigar o augusto a tocar violino, mais dará soprinhos com o trombone. O clown branco ainda pretenderá que o augusto seja elegante. Mas quanto mais autoritária seja essa intenção, mais o outro se mostrará mal e desajeitado.
É o apólogo de uma educação que procura pôr a vida em termos ideais e abstratos. Mas Lao Tsé dizia com acerto: Quando produzas um pensamento (= clown branco), te ri dele (=clown augusto).

Outra versão do par

Neste ponto, também podia citar a famosa antítese popular chinesa entre ying e yang, o frio e o sol, a fêmea e o macho, todos os possíveis contrastes. Podia-se falar de Hegel e da dialética, acrescentar que os augustos são, mais justamente, uma imagem subproletária do pátio dos milagres, com desnutridos, disformes, marginais, capazes talvez de revoltas, não de revoluções. É provável que o povo sempre os tenha tratado com confiança por causa de sua condição miserável, sentindo-se familiar ao abismo.
Os Fratellini foram os que introduziram um terceiro personagem, o “contre-pitre”, parecido ao augusto, mas que se aliava ao patrão. Era o vigarista de rua, o espião, alcagüete da polícia, o liberado a se mover nas duas zonas, a meio caminho da autoridade e do delito.
Com exceção de François Fratellini, que fazia um aéreo clown branco, cheio de graça e amabilidade, incapaz de usar o tom acre da gozação para um mais fraco, todos os clowns brancos eram homens muito duros. Diz-se que Antonet, um afamado clown branco, fora de cena nunca dirigiu a palavra a Beby, que era o seu augusto. O personagem influenciava o homem e vice-versa. Uma das regras do jogo é que o clown branco tem de ser malvado. Ele dá bofetadas.
O augusto: - Tenho sede.
O clown branco: - Tem dinheiro?
O augusto: - Não.
O clown branco: - Então não tem sede.
Outra tendência do clown branco é explorar o augusto, não apenas como objeto de burla, mas como serviçal. Neste ponto, é característico este início: - Não tens que fazer nada, eu faço tudo. – E o clown branco manda o augusto pegar as cadeiras, pondo-lhe a fela sob o traseiro.
O clown branco é um burguês, que de entrada procura surpreender com sua aparência de rico, poderoso, maravilhoso. O rosto é branco, espectral, franze as sobrancelhas, a boca é assinalada por um só traço, duro, antipático, frio, desigual. Os clowns brancos sempre competiram para ficar com o traje mais luxuoso na luta dos figurinos. Célebre foi Theodore, que possuía uma roupa para cada dia do ano.
O augusto, pelo contrário, faz um tipo único que não muda nem pode mudar de roupa. É o mendigo, o menino, o esfarrapado…
A família burguesa é uma junta de clowns brancos, em que a criança se vê relegada à condição de augusto. A mãe diz: Não faças isso, não faças aquilo… Quando se convidam os vizinhos e se pede à criança que diga uma poesia – Mostra a esses senhores como… – é uma típica situação de circo.

Ser augusto é bom para a saúde

O clown branco assusta as crianças por representar o dever ou, empregando uma palavra na moda, a repressão.
A criança se identifica de saída com o augusto, na medida em que esse se parece com um patinho feio ou um cachorro e é maltratado, e por isso quebra os pratos, se retorce no chão, se atira baldes d’água no rosto. É o que a criança gostaria de fazer e os clowns brancos, os adultos, a mãe, a tia, impedem que faça.
No circo, através do augusto, a criança pode imaginar que faz tudo o que está proibido, se vestir de mulher, armar surpresas, gritas, dizer em voz alta o que pensa.
Aqui ninguém te repreende. Pelo contrário, te aplaudem.

(…)

Minha cidadezinha se transforma num toldo

A chegada do circo durante a noite, na primeira vez que o vi, ainda criança, teve o cunho de uma aparição. Um mundo novo, não precedido por nada. Na noite anterior não existia e, na manhã seguinte, ali estava, diante da minha casa.
De saída, pensei se tratar de um barco desproporcional. Logo a invasão, pois foi isso, uma invasão, estava ligada com algo de marinho, uma pequena tribo pirata.
Então, além do medo, o fascínio pelo clown, surgido desse clima marinho, foi definitivo.
Ao clown principal, Pierino, vi na pequena fonte, no dia seguinte à estréia. Poder tocá-lo, ser ele!
Totó, seu irmão, era um clown branco pobre. Trabalhava com uma camisa, uma gravata e umas calças de fustão.
Fazer rir me pareceu algo extraordinário, uma sorte, um privilégio.
No espetáculo de domingo à tarde, sem o toldo, perto da cadeia, os presidiários gritavam atrás das grades. Totó se dirigiu duas vezes a eles. Como um clown branco, fazia outros augustos infelizes.
Daquele momento em diante, minha cidade se transformou insensivelmente num grande toldo. Sob esse estavam os augustos, junto com o prefeito e o chefe fascista local vestidos de clowns brancos.
A insatisfação que os clowns brancos traziam, também se podia achar em figuras dementes da cidade, sobretudo os augustos, mais que os clowns brancos. Essas figuras eram lembradas em casa como bichos-papões. “Se não comes o espinafre, vais ficar como o Giudizio” – dizia minha mãe.
Giudizio era justamente um augusto de circo. Um capote militar cinco ou seis vezes maior que o corpo, sapatos de borracha branca até no inverno, uma manta de cavalo nos ombros. Mas possuía sua dignidade, como o mais esfarrapado dos palhaços. Fitava um Isotta Fraschini resplendente e, com uma bagana nos lábios presa por um alfinete, afirmava: “Nem de presente, ficaria com ele.”
Mas o clown branco, com seu encanto lunar, a elegância noturna, espectral, lembrava a fria autoridade de algumas monjas diretoras de asilos; ou a certos fascistas pretenciosos, com as brilhantes sedas negras, os alamares dourados, o rebenque (como a pazinha do clown), os capotões, o fez e os adornos militares, homens ainda jovens com os rostos pálidos dos capangas, dos notívagos.

(…)

O jogo do clown branco e do augusto

O mundo, não só minha cidade, está povoado de clowns.
Quando estive em Paris para este filme, imaginei uma seqüência, que depois não rodei, em que, andando de táxi, de tanto falar nos clowns, podia-se vê-los na rua. Velhas ridículas com chapéus absurdos, mulheres com sacolas de plástico na cabeça para se proteger da chuva, chapéus e casacos que encolheram, homens de negócios com pastas típicas e um bispo, de aspeto embalsamado, sentado num auto junto ao nosso.
Se me imagino um clown, creio que sou um augusto. Mas também um clown branco ou, talvez, o diretor do circo. O médico de loucos que, por sua vez, enlouqueceu.
Continuemos a prova. Gadda era um belo augusto. Mas Piovene é um clown branco. Moravia, um augusto que desejaria ser branco. Melhor, é um Monsier Loyale, o diretor do circo, procurando conciliar as duas tendências e se manter num terreno objetivo, imparcial. Pasolini é um clown branco do tipo engraçado e sabichão. Antonioni é um augusto desses silenciosos, murchos, tristes. Parise pode ser tudo, um augusto mendigo, sempre meio bêbado, e também um clown branco impertinente, acerado, misógino, dos que esbofeteiam o augusto sem mesmo lhe dar uma explicação.
Picasso? Um augusto triunfal, presunçoso, sem complexos, que sabe fazer tudo e no fim é quem vence o clown branco. Einstein, um augusto sonhador, encantado, que não fala, mas no último instante tira, cândido, do bolso a solução do enigma proposto pelo atilado clown branco. Visconti, um clown branco de grande autoridade, cujo faustoso traje impressiona. Hitler, um clown branco. Mussolini, um augusto. Pacelli, um clown branco. Roncalli, um augusto. Freud, um clown branco. Jung, um augusto.
O jogo é tão certo que, se te vês por acaso ante um clown branco, tendes a ser um augusto, e vice-versa.
O chefe de produção da minha fita era um clown branco. Assim, os outros no convertíamos em augustos. Apenas a aparição de um clown branco mais ameaçador, o fascista, nos transformava também em clowns brancos, desde o momento em que lhe respondíamos, disciplinados, com a saudação romana.
Apenas a destrambelhada aparição de Giovannone, o augusto que assustava as camponesas lhes mostrando o membro como uma lebre morta, surpreso de conviver com esse inquilino que aceitava, nos mudava em clowns brancos quando lhe dizíamos: “Mas o que estás fazendo, Giovannone?”
Até na missa essa relação tinha lugar. Acontecia entre o sacerdote e alguns sacristães, que andavam entre os bancos da igreja interrrompendo o rito, com olhos apagados e alcoolizados, a pedir esmola.

(1) Este texto é um excerto do comentário que fez Fellini a seu filme I Clowns, feito para a televisão em 1970.

In “Fellini por Fellini”, L&PM Editores Ltda., Porto Alegre, 1974, págs. 1-7. Tradução de Paulo Hecker Filho.


FONTE: http://blog.mimicas.com/sobre/sobre-o-clown-federico-fellini/

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Técnicas para Clowns parte I



Nada de muito complexo, mas explica demonstrando como (um exemplo) utilizar música e instrumentos em espetáculos.

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